quinta-feira, julho 21, 2005

De vez em quando devia calar-me..



sábado, julho 16, 2005

O Peixe

Danem-se os danados e sacrifiquem os inocentes que eu vou contar mais uma história inútil.

Era uma vez porque assim têm início todas as histórias com morais e a minha como é amoral vai começar assim só para contrariar os cânones prédeterminados para as histórias e recomeçando mais uma vez em que era uma vez um peixe sem vida sexual e é preciso referir que quase todas as histórias amorais têm um propósito de chocar as mentes mais susceptíveis acho até que é assim que se diz nos telejornais de hoje em dia que passam às horas das refeições e que antes de passarem reportagens dos outros mundos onde tudo acontece referem-se sempre às tais mentes mais susceptíveis às quais é aconselhável não ver a realidade do outro lado do ecrã porque podem engolir uma espinha de bacalhau ou cair fulminada enquanto ruminam a açorda também ela condimentada e possuída pelo demónio do bacalhau e no objectivo fulcral dessa história não se inclui nenhuma função social educadora centra-se no uso de palavras estranhas aos bons costumes do mundo em que eu vivo palavras usualmente ordinárias ou complementadas num sentido também ele com este tipo de conteúdo mas continuando era uma vez um peixe sem vida sexual e que vivia fechado num aquário estava a esquecer-me de algo algo essencial às histórias o peixe neste caso é o peixe que é usado como imagem invocada a algo diferente porque muitas vezes são usadas metáforas para explicar a realidade isto na perspectiva de quem lê a história e também neste caso persiste aqui uma fábula porque uso animais e não pessoas e não uso pessoas porque posso generalizar e contradizer-me mas agora é que era uma vez um peixe sem vida sexual e que vivia num aquário e que continuou assim ponto final feliz

sexta-feira, julho 15, 2005

Refundir memórias: o amor ainda existe?

Tocam-me as mensagens mágicas as pequenas que me podem manipular o córtex cervical bem lá no fundo bem lá na prateleira da memória e invocam-me sorrisos e gestos comedidos em que infelizmente ler a memória dos outros é sarcasmo connosco mesmos e tentar suspeitar de pensamentos saídos do corpo é aparentemente fantasia sei que te amo e sei que não te amo muda tudo como o vento muda tudo como muda a roupa que se desprende do meu corpo cada vez em que ele próprio se enriquece com um pouco de descanso e mudam os sentimentos e paleiam as palavras lançadas pela língua e refundidas no tempo apenas ficando gravadas essas espinhas que se afundam ainda mais se eu mudo e eu mudo porque assim é e termino por querer ainda mais disto e se me amas nem tu sabes nem tu admites que não sabes se me amas são esses os privilégios do que vivemos apenas porque tudo muda por aqui até tu