domingo, abril 02, 2006

Meaningless Therapy

Dois sentidos confrontam-se. Um anula o outro e o outro submete-se ao um. Se o som contínuo existe não é possível inspirar. Expirar. Respirar. E entender o Cheiro. Mas se o som é descontínuo e pára subitamente o cheiro exala-se. E é possível sentir. Sentir o Cheiro. Tactear o aroma da sensação em ausência de confronto. Imberbe mas existente. E por se anular espera. Espera tacteando as ondas do som voláteis e limitadas. Espera pacientemente mas não numa formação eterna. Como que se as gotículas que o carregam permanecessem estampadas no ar. Até que as ondas do som desapareçam. Permitindo que as gotículas desçam. Devagar. Para que a reactivação do sentido anasalado seja mais suave. Mais concretizada numa compreensão indefinida no invisível do sentido do inspiro.