terça-feira, agosto 09, 2005

E o que se faz?

Pessoas que se perdem e que respiram
Pessoas que se aborrecem e dão demasiada importância
Não se sabe bem ao quê
Pessoas que o são e que abandonaram formas de estar
Porque já não existia razão para o ser
Pessoas que foram e que vêem
Por muito triste que o seja
Pessoas pessoas
E pessoas animais
Mesmo assim difícil de estabelecer qualquer diferença
Pessoas que olham para cima
Para os lados
E para baixo
As mais tristes
Pessoas que observam por cima do ombro
Para controlarem quem vem aí
Pessoas que abraçam as pessoas
Qualquer uma
Pessoas que fogem
E não sabem porquê
Pessoas crentes
Pessoas que o deixam de ser
Pessoas que nunca o foram
Pessoas numa só
Uma só com várias assim
Pessoas com destinos por cumprir
Tantas tantas as pessoas
Tantas são
Difíceis de conter
Pessoas aqui
Acolá
Ali
E que quando chego lá já estão aqui comigo
E outras aqui acolá ali e novamente aqui
Pessoas que me dizem olá
E adeus
E outras que entram na vida sem dizer qualquer palavra
Pessoas sorridentes
Pessoas chorosas
Por hábitos incontornáveis
ou incontroláveis
Pessoas assim
Há que aceitá-las
Há que mudá-las
Há que ser como elas
Há que fugir a padrões
E há que segui-los
Quando mais nos convém
Sei lá
Tanta coisa se vê nas pessoas
Palavras
Silêncios
Atitudes
Múltiplas
O que se faz?

Enlouquece-se...



La Folie