IV (Brainless therapy)
1 - Quando era um projecto de gente com uns 4 anos, lembro-me que a minha irmã mais velha trouxe da aula de trabalhos manuais um pouco de barro que me deu um gozo tal apenas porque me permitiu construir e engendrar pequenos utensílios, objectos, animais e figuras humanas.
Uma por uma. Fui mostrar-lhe as minhas obras de arte. Se era um cão, ela dizia que era um cavalo. Uma pessoa, um espantalho. Um cavalo, um cão. E assim sucessivamente. O que me impelia a questioná-la se ela estava mesmo a prestar atenção. Então não se via bem que era um cão, uma pessoa, um cavalo? E não seria a última vez que iria sentir-me da mesma forma, ainda que a uma escala mais abrangente. O barro e os utensílios, os objectos, os animais e as figuras humanas em paralelismo com a vida e as intenções, os sentimentos, as acções e a palavra.
2 - Também acontece que faço o mesmo em relação aos outros. As minhas interpretações baseiam-se exclusivamente num critério de semelhança objectiva de situações. Se a outra pessoa agiu de determinada forma, e eu já fiz o mesmo, foi porque ela sentia o que me passou pela cabeça na altura em que pratiquei o mesmo acto. Redutor talvez. Principalmente por não levar em consideração outros factores igualmente importantes, tais como os estímulos exteriores, a educação, a idade, as origens. Mas se não limitar os meus critérios de avaliação dos vários fenómenos que ocorrem diariamente, poderei ter de me confrontar com uma bagagem pesada e excessiva que me impedirá observar e avaliar outras situações novas e possivelmente estimulantes. Se eu peco por défice há quem peque por excesso e provavelmente terá muito mais a transmitir. (eu deixava aqui o meu contacto a essa pessoa, mas tenho receio que pessoas saudáveis tentem falar comigo).
Uma por uma. Fui mostrar-lhe as minhas obras de arte. Se era um cão, ela dizia que era um cavalo. Uma pessoa, um espantalho. Um cavalo, um cão. E assim sucessivamente. O que me impelia a questioná-la se ela estava mesmo a prestar atenção. Então não se via bem que era um cão, uma pessoa, um cavalo? E não seria a última vez que iria sentir-me da mesma forma, ainda que a uma escala mais abrangente. O barro e os utensílios, os objectos, os animais e as figuras humanas em paralelismo com a vida e as intenções, os sentimentos, as acções e a palavra.
2 - Também acontece que faço o mesmo em relação aos outros. As minhas interpretações baseiam-se exclusivamente num critério de semelhança objectiva de situações. Se a outra pessoa agiu de determinada forma, e eu já fiz o mesmo, foi porque ela sentia o que me passou pela cabeça na altura em que pratiquei o mesmo acto. Redutor talvez. Principalmente por não levar em consideração outros factores igualmente importantes, tais como os estímulos exteriores, a educação, a idade, as origens. Mas se não limitar os meus critérios de avaliação dos vários fenómenos que ocorrem diariamente, poderei ter de me confrontar com uma bagagem pesada e excessiva que me impedirá observar e avaliar outras situações novas e possivelmente estimulantes. Se eu peco por défice há quem peque por excesso e provavelmente terá muito mais a transmitir. (eu deixava aqui o meu contacto a essa pessoa, mas tenho receio que pessoas saudáveis tentem falar comigo).
6 Comments:
mas olha que eu gostei
do teu quase silencio
Continuas a ser "A Superior":__ __ __ __ __ __ ___"__ _ __ ___ _ ___ ___ _ __ ____*__ _ ____ ___"____.
:) Peço desculpa por ter errado. Mas sabes que tenho um ligeiro problema com a parte artística. Deixo essa vertente para ti. Eu, limito-me a ver os teus traços a desenvolverem-se. Podes continuar a perguntar, eu sempre vou errar (defeito de fabrico), mas estarei com atenção, isso eu prometo. ;)
Besito para a catraia
o barro é a mão a fazer poesia. a mão não pensa o mesmo que a cabeça: um cão, para a mão, não é o mesmo para a cabeça, e desculpa chamar cabeça à tua irmã que só aparece como mediadora do real.
well, and if you come from Law subjects you should see that there's more than meets the eye...
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