sábado, junho 26, 2004

Crime e kastigo..kem pode kometer o krime? (perspektiva de Raskolnikoff)

A propósito do crime e do meio, Raskolnikoff afirmava que o criminoso, no momento em que praticaria o crime, seria sempre um doente (colocação propositada no estado de inimputabilidade??). No entanto, existirão indivíduos que possuem o "direito absoluto" de cometer crimes, para os quais a lei não será algo que os governa, não existindo sequer ao nível da consciência destes como um conjunto de regras que estabelecerão as premissas ao nível dos seus comportamentos.
Rodia divide então as pessoas em dois grupos; as extraordinárias e as ordinárias.
As pessoas ordinárias devem viver em conformidade com a lei, não possuíndo a hipótese da escolha de ir ou não contra esta.
As pessoas extraordinárias podem cometer crimes por serem pessoas fora do normal. Mas atenção, não poderão violar a lei na sua totalidade!! O que acontece é que o homem extraordinário poderá optar por este comportamento com base em raciocínios seus que derivaram de produções mentais lógicas e que permitem que a sua consciência ultrapasse certos obstáculos derivados de ideias pré-determinadas e normatizadas que vão, por sua vez, ajudar a estabelecer as espectativas de convivência ao nível dos comportamentos sociais. Expectativas estas que estão relacionadas com as consciências das pessoas que são ordinárias e que, por o serem, não pretendem viver vidas extraordinárias que contrariem as regras sociais estabelecidas pela letra da lei que por sua vez, foi determinada num dado momento histórico que em termos evolutivos deu origem a estas expectativas que, a posteriori, já são intrínsecas na sociedade e nas mentes dessas pessoas que não são (nem pretendem ser) extraordinárias.
No entanto, estas regras sociais derivaram por sua vez de comportamentos contrários a regras sociais existentes anteriormente, sendo que estes comportamentos advieram de homens extraordinários que por via de acções mecânicas (resultado de racíocinios lógico-racionais) conseguiram mudar o mundo e as regras que o organizam.