quarta-feira, abril 13, 2005

Do esquecimento

Ele existia e o desaparecimento já estava implícito para além dele o desaparecimento não repentino mas suportado como um processo doloroso algo que seguia pelo esquecimento e sorria perante o futuro inconstante e quem perguntava ele incessantemente quem seria o felizardo quem conseguiria sobreviver ao deslizar das águas perpetuamente centradas na sua função de tornar o tempo razoavelmente consciente pelas águas que saberia que passariam sempre debaixo da ponte e água que nunca é igual porque essa já fugiu para onde ele não sabia mas diziam-lhe que era para o mar das discórdias sobre o conhecimento do que havia de vir tornando-se parte de outro processo de mutações da água doce para a água salgada e depois em doce e depois em salgada doce e salgada doce salgada

Do Tempo ele não tinha medo do que ele tinha receio era do esquecimento da ausência de memória constante

3 Comments:

Blogger Andre_Ferreira said...

Vinha já para aqui para protestar a exigir um novo post e eis que encontro não um mas dois! Vejo que também andas a reflectir as mutações do tempo! "água doce para a água salgada e depois em doce e depois em salgada doce e salgada doce salgada"- queres hipnotizar o pessoal que te lê? até fiquei meio tonto! Adorei!

Beijinhos

3:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olha, ha mt tempo criei esta frase no meu blog - "O Esquecimento é o túmulo de que todo o Homem foge..." agora com este teu texto acho que é verdadeiramente verdadeira... um abraço, VAMPIRIA (http://satanlandia.blogs.sapo.pt)

3:38 da tarde  
Blogger Luís Filipe C.T.Coutinho said...

ele existia, mas apenas era no momento em que o tempo já não tinha memória de algum dia o ter visto.


abraço

5:56 da tarde  

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